Deveria eu, entao, conhecer a afliçao que se ergue
Despejar doses e mais doses de miraculosas sínteses
Sobrepor-me ao ser humano se sou homem
Ignorar o derradeiro cotidiano se sou vida
Despojar-me da mediocridade se sou carne
Surpreende-me o seu passo à calafrios
Com aquilo que outrora nao sabia ser mais que nódoa
Vem a mim pra ser espelho do que me escapa
Trata a ferro e fogo a oportunidade descabida
O ansiosa humanidade
Sossega suas súplicas
Afoga em copos dágua as projecoes inconclusas
Mensura seus modos a fim de que nao se prenda
Vigia sua cria pra que ela nao devore seus nervos
Pobre fantoche dos seus dedos
A lutar com armas traiçoeiras
Decepa seus membros a cada golpe certeiro
A morrer de subestimar o descaminho
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Poema de encarte
Palavra que nunca diz nada
Nunca quis se dizer nada
Desprovida de pretensao alguma
Incapaz de subverter qualquer tendência
Assim, enquanto se repete
Palavra vazia, que seca a boca e corta os lábios
Palavra que de tao sólida se desmancha
Iludida pelos movimentos que jamais causou
Triste palavra que cabe em quatro versos
Subordinada às intencoes precedentes
Doce palavra que ama o amador
Rude carrasco de sentidos parciais
Migalha de pao que satisfaz por hora
Comida de pombos a quem o banquete sacia
Água mole que em pedra quente evapora
Moribundo teimoso que clama por vida
Nunca quis se dizer nada
Desprovida de pretensao alguma
Incapaz de subverter qualquer tendência
Assim, enquanto se repete
Palavra vazia, que seca a boca e corta os lábios
Palavra que de tao sólida se desmancha
Iludida pelos movimentos que jamais causou
Triste palavra que cabe em quatro versos
Subordinada às intencoes precedentes
Doce palavra que ama o amador
Rude carrasco de sentidos parciais
Migalha de pao que satisfaz por hora
Comida de pombos a quem o banquete sacia
Água mole que em pedra quente evapora
Moribundo teimoso que clama por vida
sábado, 18 de outubro de 2008
De que tamanho é?
E voce cheio de argumentos aprisionados em sua liberdade
Lançando aos quatro ventos falsos milagres pressupostos
Pra hoje ser so a sucessao de marasmos de outrora
Nao se realizou porque voce jurava que nao podia?
Tinha certeza de ate onde podia ir?
Voce e suas certezas...
Certamente espera a prova cabal da necessidade de ser
Pra ir muito alem do ensaio, ter gosto de vida na boca
Me diga, pois, qual a sua preferencia! O pessimismo hiperbolico? Ou um cínico eufemismo?
Sua existencia é minuto a minuto revogavel (um qualquer te mostra a saida)
Ha muito do que nao pode renunciar se aceitar o fardo de nao ser so lembranca
De que tamanho é a sua renúncia? Daquele que no seu lugar habita sombra
Olhe alem da mesmice pra ver que ali esperam qualquer contorno
Lançando aos quatro ventos falsos milagres pressupostos
Pra hoje ser so a sucessao de marasmos de outrora
Nao se realizou porque voce jurava que nao podia?
Tinha certeza de ate onde podia ir?
Voce e suas certezas...
Certamente espera a prova cabal da necessidade de ser
Pra ir muito alem do ensaio, ter gosto de vida na boca
Me diga, pois, qual a sua preferencia! O pessimismo hiperbolico? Ou um cínico eufemismo?
Sua existencia é minuto a minuto revogavel (um qualquer te mostra a saida)
Ha muito do que nao pode renunciar se aceitar o fardo de nao ser so lembranca
De que tamanho é a sua renúncia? Daquele que no seu lugar habita sombra
Olhe alem da mesmice pra ver que ali esperam qualquer contorno
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Poema anti prioritário
Deixemos que a hora passe
Façamos distraídos o nosso sossego
Tentando evitar o depois, o invocamos
Permitimo-nos esquecer que todo tempo passa
"Me vê uma dose do melhor passa tempo"
Daqueles que não façam pensar no que há de ser
Que me levem direto à porta da minha escravização
E lá, onde estiver, que eu deseje a próxima rotina
De modo que meu corpo, e só meu corpo, responda
Então, a vida é o conjunto de anti prioridades?
Me contentarei em ler um bom resumo
Um que me enumere quantas portas,sucessivamente, se abriram
E descreva o exato momento epifânico
No qual a frenética busca, finalmente, faz sentido
Façamos distraídos o nosso sossego
Tentando evitar o depois, o invocamos
Permitimo-nos esquecer que todo tempo passa
"Me vê uma dose do melhor passa tempo"
Daqueles que não façam pensar no que há de ser
Que me levem direto à porta da minha escravização
E lá, onde estiver, que eu deseje a próxima rotina
De modo que meu corpo, e só meu corpo, responda
Então, a vida é o conjunto de anti prioridades?
Me contentarei em ler um bom resumo
Um que me enumere quantas portas,sucessivamente, se abriram
E descreva o exato momento epifânico
No qual a frenética busca, finalmente, faz sentido
domingo, 29 de junho de 2008
Derradeiro suspiro poético
Jaz aqui a derradeira experiência versificada
Um suspiro de esperança na aventura humana
Antes que se cale o grito incorrigível
Há de se fazer notar a crença executora do hoje
Propulsora do pensamento poético alforriado
Categoria de contornos singulares materializados
por cada vislumbre de encontrar-me no seu espírito
O vento que sopra é de magnitude sustentável
Se necessário for, converte-se em brisa,
que de forma doce possa tocar seu rosto
Se em ferrugem as demandas se erguem,
que dizime todas as edificações inertes
O fim do ideal romântico submisso ao concreto
Musa forjada nos fragmentos dos dias
Indiferente a mórbida opacidade da perfeição
Manifestação autônoma das cores
as quais me saciam todo o entendimento
Um suspiro de esperança na aventura humana
Antes que se cale o grito incorrigível
Há de se fazer notar a crença executora do hoje
Propulsora do pensamento poético alforriado
Categoria de contornos singulares materializados
por cada vislumbre de encontrar-me no seu espírito
O vento que sopra é de magnitude sustentável
Se necessário for, converte-se em brisa,
que de forma doce possa tocar seu rosto
Se em ferrugem as demandas se erguem,
que dizime todas as edificações inertes
O fim do ideal romântico submisso ao concreto
Musa forjada nos fragmentos dos dias
Indiferente a mórbida opacidade da perfeição
Manifestação autônoma das cores
as quais me saciam todo o entendimento
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Interditado
Perpetua o isolamento, pobre alma
Entendimento vão derramado aos porcos
Dispersado em cada negligência insurgente
Rodeado de eufemismos pertinentes, elogios hiperbólicos
Incapacitantes de qualquer privilégio cotidiano
Invalidez reiterada pelos interditos retro alimentados
Intensamente consumido pelo desastre ao qual se submete
Concentrado de humanidades, visível por meio da face mais ingênua
Exausto de ser poupado das tragédias diárias
Cercado de cuidados a jamais provar das efemeridades profanas
Entendimento vão derramado aos porcos
Dispersado em cada negligência insurgente
Rodeado de eufemismos pertinentes, elogios hiperbólicos
Incapacitantes de qualquer privilégio cotidiano
Invalidez reiterada pelos interditos retro alimentados
Intensamente consumido pelo desastre ao qual se submete
Concentrado de humanidades, visível por meio da face mais ingênua
Exausto de ser poupado das tragédias diárias
Cercado de cuidados a jamais provar das efemeridades profanas
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Humanos ou caçadores de desalento
Há de haver um dia para se arriscar o jeito simples de ser?
A alegrar a existência mútua dos olhos
que se entre cruzam tentando dizer palavras que a fala ainda guarda
Regozijar-se ao perceber o caminho cuidadosamente adornado
Apesar da teimosia de sermos repetidamente caçadores do desalento
O lirismo do gesto, o ranso agora caido...
...alguma força marcada por forte desejo, invariavelmente pulsa
A desencadear a fissão nuclear dos átomos atingidos
dispensam a imensurável energia dos fatos imaginados
Sedentos da luz dos dias que há muito se acobertam
A alegrar a existência mútua dos olhos
que se entre cruzam tentando dizer palavras que a fala ainda guarda
Regozijar-se ao perceber o caminho cuidadosamente adornado
Apesar da teimosia de sermos repetidamente caçadores do desalento
O lirismo do gesto, o ranso agora caido...
...alguma força marcada por forte desejo, invariavelmente pulsa
A desencadear a fissão nuclear dos átomos atingidos
dispensam a imensurável energia dos fatos imaginados
Sedentos da luz dos dias que há muito se acobertam
quarta-feira, 11 de junho de 2008
A parte maior
Um diálogo retrospectivo para que voce saiba
daquilo transitado entre o voluntarismo inconsciente
e toda parcela involuntária do que se antecipou ao pensamento
Deixo aqui parte de mim
Confissao da qual voce declarou interesse ainda a pouco
Provavelmente nao querendo ouvir tais devaneios
Mas algum traço objetivo de personalidade
As correntes que a mim se impõem voce as quebra
Por que, entao, exige saber a mesma coisa?
O prisioneiro so responde as hostilidades do cárcere
Cria mecanismos pelos quais se preserva
Quando cessa de ser açoitada
a alma desleixada cede as pressoes despretensiosas
Faz uso da sua melhor veste e se apresenta ao baile
para sempre, uma última dança
daquilo transitado entre o voluntarismo inconsciente
e toda parcela involuntária do que se antecipou ao pensamento
Deixo aqui parte de mim
Confissao da qual voce declarou interesse ainda a pouco
Provavelmente nao querendo ouvir tais devaneios
Mas algum traço objetivo de personalidade
As correntes que a mim se impõem voce as quebra
Por que, entao, exige saber a mesma coisa?
O prisioneiro so responde as hostilidades do cárcere
Cria mecanismos pelos quais se preserva
Quando cessa de ser açoitada
a alma desleixada cede as pressoes despretensiosas
Faz uso da sua melhor veste e se apresenta ao baile
para sempre, uma última dança
domingo, 8 de junho de 2008
Retrato
Me instiga o que nao sei
que passo a te olhar em busca do indizível fugitivo
E a contemplar, adoro as maçãs do seu rosto
Olhos egoístas e boca em apoteótica competicao
A me surpreender pela doce palavra
se fundem em objeto catártico
Tremem os membros de expressao pedinte
A já nao suportarem conjugado espaco pacífico
Dado o clamor almático por libertacao rebelde
Rumo à síntese que dois, e só dois
Num embate sublime podem resultar
que passo a te olhar em busca do indizível fugitivo
E a contemplar, adoro as maçãs do seu rosto
Olhos egoístas e boca em apoteótica competicao
A me surpreender pela doce palavra
se fundem em objeto catártico
Tremem os membros de expressao pedinte
A já nao suportarem conjugado espaco pacífico
Dado o clamor almático por libertacao rebelde
Rumo à síntese que dois, e só dois
Num embate sublime podem resultar
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Amordaçado
morri
morri de morte que fala baixinho
morri de abstencao, negligencia
morri de ver e ouvir a vida
morri de falsos cognatos
morri de esperar a hora
morri de empunhar estandarte
morri de surpresas caducas
morri de sonhar um sonho sozinho
morri de tentar aquele sorriso doce
morri de pedir que comigo fosse
morri de viver a verdade
morri de morte que fala baixinho
morri de abstencao, negligencia
morri de ver e ouvir a vida
morri de falsos cognatos
morri de esperar a hora
morri de empunhar estandarte
morri de surpresas caducas
morri de sonhar um sonho sozinho
morri de tentar aquele sorriso doce
morri de pedir que comigo fosse
morri de viver a verdade
terça-feira, 13 de maio de 2008
Metalinguagem desmetrificada [repelente]
Necessidade implacável atormenta aos berros
que saibam eles de quem se fala
(Não parece provocar o menor dano à superfície da verdade)
Semblante e essência passivos ao menor contato
Tábua rasa de limites tão claros quanto o amor e odio
(Isso! Aqui não se acha!
Espanta todos os olhares de pureza hormonal!)
Não fala, não ri, muito menos se faz notar
Uniforme. Rostos? Só aquele. Natural
([Modo ironia ligado]
Tsc tsc tsc. Quanto cinismo!
Pra desencorajar aqueles tais e quais)
Não é de se gostar.
O que há de se descobrir é o nome
É! Corroe-se de fadiga antes dos predicados
...de qual vida? Não, não...
(Pra ser da vida de alguém tem que ser antitese
Combinar as paixões e os delírios
Ser o poço que se cai quando se esperava apenas caminhar
Fazer poesia quando ontém eram apenas pão e água)
que saibam eles de quem se fala
(Não parece provocar o menor dano à superfície da verdade)
Semblante e essência passivos ao menor contato
Tábua rasa de limites tão claros quanto o amor e odio
(Isso! Aqui não se acha!
Espanta todos os olhares de pureza hormonal!)
Não fala, não ri, muito menos se faz notar
Uniforme. Rostos? Só aquele. Natural
([Modo ironia ligado]
Tsc tsc tsc. Quanto cinismo!
Pra desencorajar aqueles tais e quais)
Não é de se gostar.
O que há de se descobrir é o nome
É! Corroe-se de fadiga antes dos predicados
...de qual vida? Não, não...
(Pra ser da vida de alguém tem que ser antitese
Combinar as paixões e os delírios
Ser o poço que se cai quando se esperava apenas caminhar
Fazer poesia quando ontém eram apenas pão e água)
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Sê alforria!
Criatura que me foge aos dedos
Prisão dos desejos irretornáveis ao corpo pedinte
Astro materializado em luz e cores
Desassossega a jamais perturbada existência
Come com as mãos os meus dizeres
Faz seu de tudo meu
Expropria-me a fala
Livra-me de todo fardo do auto suportar diário
Água que corre fresca
Molha a minha face e clareia minhas vistas sujas de paisagens repetidas
Limpa minha boca de gostos desgostosos
Permita-me ouvir fortemente o teu fluir por entre as pedras
Devasta de uma vez as edificações irresponsáveis
E quando acabar que traga brisa leve
Que soe musica
Envolva todas as faces
O fôlego se renove a cada ligeiro sussurro
Sopre...
Prisão dos desejos irretornáveis ao corpo pedinte
Astro materializado em luz e cores
Desassossega a jamais perturbada existência
Come com as mãos os meus dizeres
Faz seu de tudo meu
Expropria-me a fala
Livra-me de todo fardo do auto suportar diário
Água que corre fresca
Molha a minha face e clareia minhas vistas sujas de paisagens repetidas
Limpa minha boca de gostos desgostosos
Permita-me ouvir fortemente o teu fluir por entre as pedras
Devasta de uma vez as edificações irresponsáveis
E quando acabar que traga brisa leve
Que soe musica
Envolva todas as faces
O fôlego se renove a cada ligeiro sussurro
Sopre...
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Semideia do andar de cima
É o sim e o não
Devoradora de sentidos
Reunião de desejos
Ânsia que não cabe no peito
Virando palavras, lamentos...
Súplicas pelo calor da neve flamejante de sua pele
Devoradora de esperanças
Sigo assim venerando-te
Movido pela imprudente ousadia de um amante
Arrebatado por chama intensa
Busco das idéias, nossos feitos
Das retissências, indescritiveis momentos
A serem entalhados em carvalho centenário
Devoradora de sentidos
Reunião de desejos
Ânsia que não cabe no peito
Virando palavras, lamentos...
Súplicas pelo calor da neve flamejante de sua pele
Devoradora de esperanças
Sigo assim venerando-te
Movido pela imprudente ousadia de um amante
Arrebatado por chama intensa
Busco das idéias, nossos feitos
Das retissências, indescritiveis momentos
A serem entalhados em carvalho centenário
Like a river
Tempo passa tempo voa
Busco, acho, sigo
Aqui, ali, indo e vindo
Chegando, partindo, chorando, sorrindo
Sei, não sei nada de nada
Sede de que?
Calma, pensa, senta, inventa
Sente, sonha, deita, rola
Vazio de tudo
Cheio de nada
Pára para alguém chegar
Espera
Busco, acho, sigo
Aqui, ali, indo e vindo
Chegando, partindo, chorando, sorrindo
Sei, não sei nada de nada
Sede de que?
Calma, pensa, senta, inventa
Sente, sonha, deita, rola
Vazio de tudo
Cheio de nada
Pára para alguém chegar
Espera
Fingidor
Cai o mundo em chamas
Despedaça no vento e vai...
Vira poeira que espalha partículas que se perdem
Ligeira impressão
Momentâneo sucesso
Precipício que caio sem fim
Atrito cortante da alma
Esfacela a carne sedenta
Cortina que se fecha
Sai de cena o palhaço triste
Embassa o brilho dos olhos
Enche de negro o verde
Apaga a luz do caminho
Rouba a calma, emudece a fala
Degenera o organismo que se auto-consome
Numa lise faltamente necessária
Despedaça no vento e vai...
Vira poeira que espalha partículas que se perdem
Ligeira impressão
Momentâneo sucesso
Precipício que caio sem fim
Atrito cortante da alma
Esfacela a carne sedenta
Cortina que se fecha
Sai de cena o palhaço triste
Embassa o brilho dos olhos
Enche de negro o verde
Apaga a luz do caminho
Rouba a calma, emudece a fala
Degenera o organismo que se auto-consome
Numa lise faltamente necessária
Ao pó das camas e cortinas
Brilha os olhos
Brota a selva da terra
Escala a mais alta árvore
Salta ao infinito
Penetra a nuvem virginal
Escorrega no arco-íris
e mergulha no pote de ouro
até as profundezas longinquas
Faz do magma seu banho
Revigora sua força
e voa em direção a mais bela flor
Dispersante de polen fecundo
Levado pela abelha encantada
Pra onde em um minuto se alcança
Lugar de ilimitados sons e luzes
De sensações, turbilhão
Paraíso de ninfas lunáticas
Perturbadora excitação
Eclipse apoteótico
Se desfaz em noite fria
Momento seguro
Trágica rotina
Brota a selva da terra
Escala a mais alta árvore
Salta ao infinito
Penetra a nuvem virginal
Escorrega no arco-íris
e mergulha no pote de ouro
até as profundezas longinquas
Faz do magma seu banho
Revigora sua força
e voa em direção a mais bela flor
Dispersante de polen fecundo
Levado pela abelha encantada
Pra onde em um minuto se alcança
Lugar de ilimitados sons e luzes
De sensações, turbilhão
Paraíso de ninfas lunáticas
Perturbadora excitação
Eclipse apoteótico
Se desfaz em noite fria
Momento seguro
Trágica rotina
Ginástica Laboral
Recortado, o carro passa
Morro abaixo, recortado
Sem saber o homem segue
Serrilhado, assim parece
Vermelho e cinza a venda fica
A mãe nega, o filho chora
Esperneia, pula e grita...
(Do final, não se sabe)
...passa um ônibus recortado
A rampinha, gente sobe
Trazem dores, seus lamentos
Tentam hora ser sabidos
Por inteiro senta e chora
Morro abaixo, recortado
Sem saber o homem segue
Serrilhado, assim parece
Vermelho e cinza a venda fica
A mãe nega, o filho chora
Esperneia, pula e grita...
(Do final, não se sabe)
...passa um ônibus recortado
A rampinha, gente sobe
Trazem dores, seus lamentos
Tentam hora ser sabidos
Por inteiro senta e chora
Te possuo mas não gozo
Qual é o CEP?
RG? CPF?
Seu número pra eu localizar
Seu número pra eu te invadir
Conta a conta, Senhor!
Não é pedido, nem favor
Um zero a mais que aparece
Vida raza, autômato errante
Vai se achar na mão de outro!
Não é aqui! É na rua de cima!
RG? CPF?
Seu número pra eu localizar
Seu número pra eu te invadir
Conta a conta, Senhor!
Não é pedido, nem favor
Um zero a mais que aparece
Vida raza, autômato errante
Vai se achar na mão de outro!
Não é aqui! É na rua de cima!
Bálsamo
Dormir, só ao teu lado
Respirar, só o teu cheiro
Descansar, só em teu afago
Acordar, só em teus beijos
Induzir meu sonho ao teu
A edificar meu amor em solo firme
Embalsamá-lo para que nunca termine
Em puro mel para que viril prossiga
Amar, amor, quero
Desejar-te já não controlo
Alegrar-te assim espero
Com meu canto, amor
Com meu canto...
Respirar, só o teu cheiro
Descansar, só em teu afago
Acordar, só em teus beijos
Induzir meu sonho ao teu
A edificar meu amor em solo firme
Embalsamá-lo para que nunca termine
Em puro mel para que viril prossiga
Amar, amor, quero
Desejar-te já não controlo
Alegrar-te assim espero
Com meu canto, amor
Com meu canto...
Onde mais te encotro
Sopra, o vento, a pena
Com ou sem direção
Simples força que muda o curso
Brisa leve, furacão
Invade os campos, corta os vales
Arrasta pra onde for
Leva sonhos, desejos...
Universo que habito
De ti sou átomo, elétron
Lugar de suave permanência
Terra prometida
Com ou sem direção
Simples força que muda o curso
Brisa leve, furacão
Invade os campos, corta os vales
Arrasta pra onde for
Leva sonhos, desejos...
Universo que habito
De ti sou átomo, elétron
Lugar de suave permanência
Terra prometida
Dias de poesia
Poesia de um dia
Diamante, diafrágma
Suspiro aliviado
Alegre, encantado
Justifica atos ou os acoberta
Sopra os ventos, viaja ao infinito
Poesia de todo dia, todo
Anjos malígnos
Sedução e ternura
Nos levam do frio ao fogo
Afugentam os medos
sedentos de malícia
Um dia como todos
Um dia como nenhum
Um sonho maravilhoso
Um pesadelo incomum
Diamante, diafrágma
Suspiro aliviado
Alegre, encantado
Justifica atos ou os acoberta
Sopra os ventos, viaja ao infinito
Poesia de todo dia, todo
Anjos malígnos
Sedução e ternura
Nos levam do frio ao fogo
Afugentam os medos
sedentos de malícia
Um dia como todos
Um dia como nenhum
Um sonho maravilhoso
Um pesadelo incomum
terça-feira, 6 de maio de 2008
Just the right size
What am i waiting for?
There are words that insists to be told
Every morning shines as single chance which never returns
What´s my interdict?
I´m a hero by myself
The place where the great acts are played
Talk to me slowly
Make me feel a half hope
Break my sex of angel´s explanation
Show me over the mountains is so cold to stay
Just the meaning over that i know
How long can i will be enough to me?
Maybe tomorrow something happens
and it makes me finally just a hero
Like a bridge wich links two sides only
There are words that insists to be told
Every morning shines as single chance which never returns
What´s my interdict?
I´m a hero by myself
The place where the great acts are played
Talk to me slowly
Make me feel a half hope
Break my sex of angel´s explanation
Show me over the mountains is so cold to stay
Just the meaning over that i know
How long can i will be enough to me?
Maybe tomorrow something happens
and it makes me finally just a hero
Like a bridge wich links two sides only
U.T.I
Breath deepest before is too late
Before the backbone starts to compress the lung
Feel the pills working on your cells
They told you what you need
A body! This is just you can be now
On Frinday morning there will be anoter operation
Cutting just to know how it works
Do not worry man!
So sweet remains will be carved on your skin
Before the backbone starts to compress the lung
Feel the pills working on your cells
They told you what you need
A body! This is just you can be now
On Frinday morning there will be anoter operation
Cutting just to know how it works
Do not worry man!
So sweet remains will be carved on your skin
First impressions
Go my creation! Let drink the life!
Go to be target, to be hunter
Leave my hands like a rebel son
Entertain the people and give them what they want
Be nothing! I want to see if you would to
At first wind you will be covered of meanings
They will compare you with other ugly sons
Now I would like to finish your existencial pain
Stop disturbing me!
Run away where i could not catch you
This is your last chance
Go to be target, to be hunter
Leave my hands like a rebel son
Entertain the people and give them what they want
Be nothing! I want to see if you would to
At first wind you will be covered of meanings
They will compare you with other ugly sons
Now I would like to finish your existencial pain
Stop disturbing me!
Run away where i could not catch you
This is your last chance
Sabor de fruta seca
Zumbem os insetos que restaram
Nem o mais sutil dos suspiros
[deixou de ruir pelos vermes malditos
Bolores antropomorfos retroalimentados
[sufocaram as vias ainda imaturas
Barro forjado no fogo instável
Vaso torto que se pinta de singularidade
Rola como dá; incíclico
Seca no Sol enquanto intimida o escorpião vencido
A chuva redonda não vai cair tão logo
Mas a água sempre esteve ali
Nem que as longas raízes precisem buscá-la
E as extremidades reinvidiquem, fervorosas
[parte da umidade
Nem o mais sutil dos suspiros
[deixou de ruir pelos vermes malditos
Bolores antropomorfos retroalimentados
[sufocaram as vias ainda imaturas
Barro forjado no fogo instável
Vaso torto que se pinta de singularidade
Rola como dá; incíclico
Seca no Sol enquanto intimida o escorpião vencido
A chuva redonda não vai cair tão logo
Mas a água sempre esteve ali
Nem que as longas raízes precisem buscá-la
E as extremidades reinvidiquem, fervorosas
[parte da umidade
domingo, 13 de abril de 2008
O que era e o que é
Concebida pelas mesmas aguas que afligem os desmedidos
Personificaçao da natural força aleatoria dos dias
Surge serena aos estupidos viajantes da orla
Sinestesia premeditada; embriagante pudor desmedido
Estrela nova, lança agora os primeiros raios
de sentido oculto cuja Terra ha tempos espera
Personificaçao da natural força aleatoria dos dias
Surge serena aos estupidos viajantes da orla
Sinestesia premeditada; embriagante pudor desmedido
Estrela nova, lança agora os primeiros raios
de sentido oculto cuja Terra ha tempos espera
Maritacas que dizem bem-te-vi
Os passarinhos tiraram ferias da minha janela
Deixaram recado: Não voltam mais!
Deixaram recado: Não voltam mais!
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